segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

DNA individual tem mais dados que todos os HDs

11/02/2011 - 14h26
GIULIANA MIRANDA e RICARDO MIOTO DE SÃO PAULO
LUIZ GUSTAVO CRISTINO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

A morte do vinil e o surgimento dos HDs pessoais multiplicaram a quantidade de informação gravada no mundo, mas tudo que já foi produzido pela humanidade ainda apanha feio de uma única célula humana.
Bem feio: há cerca de cem vezes mais informação codificada no DNA humano do que em todos os livros, CDs, computadores, negativos de fotos e todo tipo de lugar onde se armazenam dados, digitais ou analógicos.
Isso não significa que não exista muita coisa arquivada por aí. Em números absolutos, podíamos armazenar, em 2007, ano analisado agora pelos cientistas, 295 exabytes. Isso equivale a cerca de 295 bilhões de gigabytes (um HD doméstico tem uns 300 gigabytes).
É o suficiente para encher 404 bilhões de CDs comuns que, empilhados, cobririam um pouco mais do que a distância da Terra à Lua.
Os números são de uma pesquisa americana, publicada na revista "Science", que analisou os dados produzidos e armazenados pela humanidade entre 1986 e 2007. Ela mostra que os meios analógicos dominaram a lista até 2002, quando foram superados pelos digitais. Em 2007, essa já era a forma de armazenamento de 97% da informação.
Os dados guardados em papel, que, em 1986 já representavam apenas 0,33% do total, em 2007 passaram a representar 0,007% --qualquer vídeo de dez minutos no YouTube tem mais informação ("é mais pesado", como se diz na internet) do que uma enciclopédia inteira.
"É o primeiro trabalho a quantificar como os seres humanos lidam com a informação", diz Martin Hilbert, da Universidade da Carolina do Sul, que liderou o estudo.
P. Leia a íntegra da reportagem na edição impressa da Folha desta sexta-feira (11 de fevereiro)

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